Pra mim, um amor, eu quero, só se for assim!!!
Um só amor assim, eu quero, se for pra mim...
Só pra mim, eu quero, se for um amor assim!!!"
FUNERAL BLUES
W. H. Auden (1936)Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
Poesia, entendo, deve ser lida somente no idioma original, mas...
a desmontagem deste cenário é tão linda que vale a tradução...
apesar de, no português, perderem-se a rima e a métrica...
a sonoridade! (que me perdoe o autor):
a tradução:
TRISTEZA DE FUNERAL
Parem todos os relógios, cortem o telefone,
Impeçam o cão de latir com um osso suculento,
Silenciem os pianos e com um tambor abafado
Tragam o caixão, deixem o cortejo entrar.
Deixem os aviões voarem em círculos gemendo sobre nossas cabeças
Escrevendo no céu a mensagem ‘Ele está morto’.
Ponham laços de crepe no pescoço branco das pombas de rua,
Deixem os guardas de trânsito usarem luvas de algodão preto.
Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Leste e Oeste,
A minha semana de trabalho e o meu descanso de domingo,
O meu meio-dia, a minha meia-noite, a minha fala e o meu canto.
Eu pensava que o amor duraria para sempre: eu estava errado.
As estrelas não são desejadas agora; apaguem-nas todas,
Embrulhem a lua e desmontem o sol,
Esvaziem o oceano e devastem as florestas;
pois nada agora poderá nunca ser de qualquer valia.