"Escrever foi a maneira que encontrei para, palavra por palavra (verbo ad verbum), depurar minhas idéias. É um ato quase inconsciente, necessário, obrigatório... uma terapia!!!

A divulgação do escrito tem a intenção de ir além, ainda, nesta, que não deixa de ser, busca inquietante e incessante do crescimento pessoal."
Vera Regina da Cruz

27 de abr. de 2008

MÃES E FILHAS


............. (a minha mãe e eu e eu e a minha filha).............
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Ando meio bolada com esta história de relação mãe e filha... Acho que é porque estou numa fase do tipo... ela (a minha filha única, já adulta) toma suas próprias decisões, sem qualquer intervenção minha, então, rola aquela insegurança... No sentido assim... o que era pra ser feito, está feito... Será, mesmo, que dá pra largar?
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Acho, racionalmente, isto tudo uma grande bobagem. Não tem nada que rolar insegurança nenhuma. Afinal... sempre entendi como muito certa a individualidade e a independencia de cada uma de nós. Deveria, então, ter como certo, também, que ela pode resolver as coisas, quem sabe até, muito melhor do que eu resolveria... Aliás, tenho certeza, em muitos aspectos, que ela o faz...
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E depois... calma: sempre teremos uma à outra.
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Estranho... preciso falar um pouco da minha mãe...
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A minha mãe, Julia (Julinha para os íntimos), nos deixou no segundo domingo do mês de maio, há quatro anos... um triste “Dia das Mães”.
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Isto aconteceu depois de ela ter passado anos aprisionada dentro do seu próprio corpo e atormentada por sua própria mente, acometida por uma enfermidade definida, já no final de sua vida, como “doença de corpos de Lewy"... Essa doença, somente muito recentemente descoberta, inclui sintomas do "mal de Parkinson" e também do "mal de Alzheimer", o que dificulta o seu diagnóstico. Pode ter acontecido, então, de minha mãe ter tido estas duas últimas doenças, simultaneamente, e não a primeira... eu acho.
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Os sintomas do "mal de Parkinson" a impediam de se mover.
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O parkinsonismo é mais conhecido pelos tremores que causa, mas o mais grave e impressionante, mesmo, sem dúvida, é a rigidez imposta ao doente no seu estágio mais avançado. Lembro-me de que eu pensava: ela treme tanto (e tão rápido) que, analisando em um gráfico (desculpem meu raciocínio tão cartesiano), a crista de uma onda de tremor encontra-se com a base da próxima onda de tremor, neutralizando qualquer possibilidade de movimento... numa constante briga de esforços. Assim: de tanto que ela treme, ela fica rígida!!! Era a minha lógica pra doença... (que ainda vou conseguir fazer chegar, algum dia, a algum estudioso do assunto).
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Os sintomas do “mal de Alzheimer" afetavam a sua memória, o seu raciocínio, causavam-lhe alucinações e isolavam-na da realidade.
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O médico dizia que, com o tempo, ela esqueceria como se respira, como se engole, como se dorme... essas coisas básicas... Ela nunca chegou a este ponto mas, não sei se era sintoma da doença ou não, ela não sentia dor... o que tornava muito mais difícil os cuidados com ela.
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Um filme que assisti, "Awakenings", com o Robin Willians e o Robert de Niro (1990), contando a história real de um médico e seus pacientes catatônicos, lembra muito a minha mãe.
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A "doença de corpos de Lewy", assim como o "mal de parkinson" e o "mal de Alzheimer", é uma enfermidade progressiva e irreversível, sendo que, dos seus 77 anos de vida, cerca de 15 deles minha mãe passou em tratamento, 9 em estado crítico, 4 em estado ultra-crítico.
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Apesar da gravidade do quadro imposto pelas doenças, no entanto, não se tratam de doenças terminais. Fisiologicamente, a saúde de minha mãe era perfeita.
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A prisão e o tormento a que ela se submeteu neste período atingiu, certamente, não somente a ela, mas também a quem dela cuidou e quem com ela conviveu...
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Tanto eu aprendi ao lado de minha mãe, ao longo de sua longa enfermidade que quero, um dia, escrever sobre o assunto. Quero poder ajudar outros cuidadores e familiares a dar conta de sua missão, pois à época, me lembro... meu sentimento era de total impotência! Só... ainda, não me sinto preparada pra isso... como ainda não me sinto preparada pra enfrentar outros determinados temas relativos ao mesmo assunto.
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Transcrevo o texto que lhe dediquei, quando de seu falecimento:
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“Mãe, Vó, Vó Julinha, Dra. Julia, Julinha, Dona Julia, Tia Julinha, Julia...
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Chegou a hora do grande vôo... Vai!!!
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Esparrama tuas asas bem abertas sobre a imensidão azul
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E experimenta a sensação gratificante e esperada da liberdade.
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Ficaremos, momentaneamente, aqui,
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Agradecidos por tua dedicação, carinho e ensinamentos,
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Lembrando de teus olhinhos pequenos e brilhantes que tanto nos queriam dizer
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E sempre certos do breve reencontro.
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É uma nova vida que te espera... Vai!!!”

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De fato, nunca, nem antes nem depois, como no caso dela, entendi tanto a morte como uma libertação!!!
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Minha mãe foi uma mulher de estatura mediana (mais pra pequena), magra, mas não em exagero... Cabelos castanhos ondulados, cortados curtos e sempre impecavelmente arrumados (diferentemente dos meus que estão sempre em desalinho).
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Incapaz de dizer sequer um único palavrão, seu vocabulário, mesmo com a gente, era sempre muuuuito formal. Media as palavras, era sempre muito cortês. Altiva e elegante... Bonita (com sobriedade)... Distante, reflexiva, introspectiva... e sofrida!!!
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Especialmente, minha mãe foi uma mulher muito sofrida!!! (já mesmo antes de ficar doente).
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Sempre tive pânico deste lado sofrido dela... Por isso, acho, sempre quis fazer tudo na minha vida diferente do que ela havia feito...
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Quando minha filha nasceu, eu cheguei a pensar em colocar o nome da avó nela, porque gosto muito do nome, mesmo, não, exatamente como uma homenagem à minha mãe. Mas recuei... vai que a minha filha fica sofrida como a minha mãe. Não!!! Quero é que ela seja muito alegrinha... muito feliz desta vida!!! Não quero nada de pesado na vida da minha filhinha... Achava que corria o risco de o nome poder vir a influenciar... Eu, hein!!!
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Minha mãe não nos deixava espaço pra chegar muito perto. Pelo menos, não pra mim. Apesar do amor que inegavelmente existiu entre nós duas, nunca consegui entendê-la direito.
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Ela não foi uma mãe convencional... daquelas de propaganda de margarina. Nunca me deu um abraço apertado, um beijo meloso, ou disse que me amava. Mas acho que isto era normal... Na época, as mães eram mães, não amigas pra atitudes do tipo... Mantinham esta distância, eu acho.
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Tô me dando conta, agora, que, pra minha filha, muitas vezes eu digo, pra lembrá-la: "Eu sou tua mãe... não tua amiga!!!".
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Também estou me lembrando que minha filha e eu estamos constantemente nos abraçando, beijando e fazendo declarações melosas...
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O que eu sei é que da minha infância o que guardo como mais forte é o sentimento de solidão... Tenho pouquíssimas lembranças deste período de minha vida e nem gosto de tocar muito no assunto. Não gosto nada, mesmo... nunca toco neste assunto, aliás. Mas...
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Meu pai era Promotor de Justiça no interior do estado, desde, exatamente, o ano em que eu nasci... Ele foi morar no Sudoeste e vinha nos ver em Curitiba de quando em vez. E nós íamos pra Francisco Beltrão nas férias...
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Então, a família vivia assim... meio separada pela enorme distância... com o meu pai sempre meio longe da gente. O que, por si só, já era uma dificuldade!!!
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Não tenho um única lembrança deste período em que vivi em Curitiba com minha mãe e minha irmã. Nem uma única. Vou, até, ter que perguntar pro meu pai se isto aconteceu mesmo (claro que aconteceu, senão, teria sido como?)... Mas lembro muito bem da distancia (as dificuldades de viagens) que nos separava... de meu pai.
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Logo que eu nasci, minha mãe engravidou. A Marinha, minha irmã, nasceu quando eu tinha pouco mais de um ano. Ela tinha uma cardiopatia grave o que levou meus pais a viajarem muito pra tratamentos... pra fora do estado, inclusive.
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Ela viveu somente por dois aninhos... Mas, enfim, eu mal me lembro dela... Sei dos esforços dos meus pais para salvá-la, mas não me lembro disso, tampouco.
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Fico imaginando... eles devem ter sofrido muito... uma filha tão pequenininha e tão frágil! Deve ter sido muito duro pra minha mãe (e pro meu pai, também, claro) perder a sua filhinha...
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Mas penso, analisando fria e egocêntricamente, agora, a minha vidinha, que não deve ter sido fácil pra mim, também...
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Imaginem... Meu pai, sempre longe... Mal eu nasci, minha mãe fica grávida e já começa a se envolver com mais um bebê. Eu ainda era um bebê e eles já preocupados em salvar a outra filha, ainda menorzinha. Na sequência, certamente, eles viveram a dor pela perda da minha irmãzinha. E, logo em seguida, minha mãe engravida novamente, desta vez, de seu único filho homem...
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Tudo bem... a estas alturas eu já era uma menininha, mesmo... tinha lá meus quatro aninhos!!!... E me virava, eu acho... Como já disse... não me lembro deste período da minha vida, só fico imaginando, agora: eu, sempre, devo ter ficado em segundo - terceiro, quarto - plano. (Cara!!! Que auto-piedade!. Ainda bem que a questão já está bem resolvidinha dentro de mim.).
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A minha irmã mais velha tinha sido a primeira filha, a primeira neta... era linda, esperta, criança prodígio... aquelas coisas de dengo e mais dengo. O meu irmão, que veio depois de mim, era o único homem, o menorzinho... todo o cuidado!!! E eu???
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Eu era aquela menina sem graça, insípida, bobona, quieta... É... acho que é coisa de "síndrome do filho do meio", mesmo!
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O do meio não é nada. Aliás... se você quiser passar desapercebido... escolha sempre o do meio (tô falando de qualquer coisa)... vai conseguir sucesso!
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Cara... esqueça!!! É a crise!!!
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De Francisco Beltrão, a minha lembrança mais forte, na infância, é de minha mãe me procurando pra comer ou tomar banho, sei lá, alguma coisa básica dessas... e sempre me encontrando brincando escondida e sozinha... embaixo da mesa, geralmente.
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Tenho um sentimento de que eu gostava de brincar dentro do armário, mas não tenho certeza disso (ou tenho e não quero acreditar muito...). Eventualmente, sei que eu era encontrada encima de alguma árvore ou embaixo da casa... sempre sozinha.
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Lembro-me, certamente, do orgulho que tinha da minha mãe. Além de seu porte elegante, seu comportamento era sempre muito correto... por vêzes, até, muito contido! Diferentemente de mim, que quando espirro, o condomínio diz “Saúde!”, ela espirrava feito um gatinho... vários espirrinhos seguidos, quase inaudíveis. A minha mãe... sempre tão discreta, fina, bem educada...
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Além disso, ela era bioquímica... formada pela “Universidade Federal do Paraná”! Estranho... sempre achei isto o máximo (eu ter uma mãe que tinha curso superior)... mas ela nunca deu a menor importância pro fato... achava muito normal!!!
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A educação que minha mãe nos dava era pelo exemplo, eu acho, não muito pela palavra. Não me lembro de, em nenhuma única ocasião, ela ter me chamado pra falar sobre qualquer assunto que fosse. Tudo já estava resolvido... pelo menos do ponto de vista dela.
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Nunca me senti cobrada por ela em nada... Nunca gritou conosco nem ao menos falou alto. Não me lembro de sequer uma única repreensão... O máximo que ela dizia era "O que é que você está pensando da vida?". Só. Lembro de que pensava "no que eu estava pensando da vida", tentando entender... me esforçando neste sentido... mas esta frase, simplesmente nunca significava nada pra mim. Nada!!!
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Eu, por outro lado, tenho certeza que um dos principais problemas em meu relacionamento com minha filha é o excesso de cobrança... Excesso meu eu relação a ela: nunca estou satisfeita apesar de ter certeza de que ela está, constantemente, tentando me satisfazer. Parece que sempre quero mais, por mais que ela me dê.
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Assim: aos 16 anos ela falava, com absoluta fluência, quatro idiomas. Como é possível que agora, aos 22 ela só tenha aprendido mais um?
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Cara... eu tenho consciência disso. Sei o que você está pensando!!! Só... ...como lidar com nossas fraquezas? A gente bem que tenta se corrigir, quando vê... já aconteceu!!!
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Lembrei, agora, de que eu fazia minha filha dormir, quando bebê, cantando cantigas de ninar... (uma em espanhol, uma em inglês, uma em francês e outra em italiano). São as 4 línguas que a Paola fala hoje, fora o português... Lembro que incomodavam-me as cantigas de ninar em português... tipo: "boi da cara preta...", "a cuca vem pegar..."... Sentia mêdo, como passar aquilo pra um bebê? Optava por cantigas em outras línguas.
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Mais tarde, quando ela foi crescendo e já me compreendia, mas não sabia ler, ainda, eu a fazia dormir contando estorinhas, lidas ou inventadas na hora...
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A mais repetida destas estorinhas era a da "Pantera Cor de Rosa"... sobre uma pantera que tentava se fazer passar por gente, disfançando-se com máscara de mergulho e pé de pato, pra poder frequentar a piscina de um clube muito chique. Claro... mil aventuras (que modificavam a cada contar da estória)... mas no final a Pantera malandrinha sempre era pega e colocada pra fora do clube.
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Moral da estória: não dá pra ser aquilo que a gente não é.

Credo!!!... que coisa mais surreal!!! Já imaginaram uma pantera cor de rosa com máscara de mergulho e pé de pato?
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Mas... tudo bem!!!... A Paola, antes mesmo de aprender a escrever, já criava estorinhas que desenhava "quadro a quadro"... Algumas delas ela recortava e colocava em sequência, num livrinho, efetivamente, sem palavras... (o primeiro livro que ela "escreveu" foi "A pequena bailarina", contando a história de uma menininha desde a sua primeira aula de ballet até seu primeiro espetáculo de danças... muito fofinho!).
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Ainda, quando ela aprendeu a ler, um dos nossos passatempos prediletos era ir à banquinha escolher gibis pra comprar. Ela tinha uma coleção imensa de gibis que devorava avidamente. Mas os gibis eram escolhidos a dedo. Não era só ir pegando... Paciência: "Vamos ver qual que é o mais legal!!!" E aqueles gibis que a gente via na casa de alguém e considerava muito interessantes e que a gente não encontrava mais pra comprar na banquinha, eu emprestava e xerocava... Eram os "raros"...
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Sempre muito introspectiva (pra não dizer antipática ou mal humorada, quem sabe), minha filha passava muito tempo lendo.
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Quando estava pra me separar fiz questão de comprar um apartamento com uma enorme área de recreação. Pra quê? Ela nunca foi ao play-ground, por mais que eu insistisse. Então eu procurava reunir suas amiguinhas promovendo "chás de boneca" na casinha que montei pra Paola naquele que foi projetado para ser o quarto da empregada do apartamento. Mas... brincar não era o melhor de tudo pra ela: "ai, que chatice!". Lembro de que a Anninha, sua amiga, sempre ligava pra convidá-la pra brincar e ela respondia: "Mas de novo? A gente já não brincou ontem?".
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Bem... não sei dizer quão rápido ela passou por sua fase "Agatha Christie"/"Paulo Coelho"/"Sidney Sheldon"/"..."/"best sellers".
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Logo ela chegou aos "clássicos"... Já adolescente escolhia seus próprios livros... queria ler coisas do tipo... Machado de Assis. Um dia ela pegou "Brás Cubas" (chiii, pensava eu, reticente... não vai dar!!! Ela vai desistir... Muito pesado, muito intimista, muito intrigante!!!)... Mas ela vinha pra mim com o livro aberto e lia em voz alta, trechos inteiros, em êxtase: "Veja, mãe, que liiiindo isto!!! Este cara é o máximo!".
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Já a estas alturas ela se transformou em uma "rata" de sebos... E dona do seu próprio nariz. Não mais lia os livros que eu indicava. Nunca leu, por exemplo, Germinal, de Émile Zola, que eu quis que ela tivesse lido quando foi morar na Bélgica, em uma região carvoeira, por exemplo. Nunca leu "1968...", do Zuenir Ventura, ou "Brasil: nunca mais", de Dom Paulo Evaristo Arns, pra conhecer a história recente do nosso país...
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Não sei o porquê... acho que ela considera os livros tendenciosos (falam de uma verdade que é muito mais minha do que dela... sei lá!). Não sei explicar isso direito mas... acho que a minha leitura sempre foi muito mais do "social" e a dela muito mais do "filosófico"... É... talvez seja isto.
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A partir daí, a Paola passou a ler por fases, todos os livros de um determinado autor... Gosta de Machado de Assis, lê tudo de Machado de Assis... Gosta de Paulo Leminski, lê tudo de Paulo Leminski... Gosta de Virgínia Wolf, lê tudo de Virgínia Wolf... Gosta de James Joyce, lê tudo de James Joyce... Gosta de Sylvia Plath, lê tudo de Sylvia Plath... Gosta de W.H.Auden, lê tudo de W.H.Auden... Gosta de Edgar Allan Poe, lê tudo de Edgar Allan Poe... Gosta de Emily Dickinson, lê tudo de Emily Dickinson... Gosta de Clarice Lispector, lê tudo de Clarice Lispector... Agora está em sua fase "Roberto Bolaño"... Adivinhem?
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Por um tempo, ela chegou a me preocupar pois seus maiores ídolos eram sempre depressivos. Muitos deles, suicidas!!! Hoje, já acostumei... Os seus ídolos continuam a ter estas características e não serei eu a mudar isto... E depois, acho que a Paola não é nem um pouco depressiva, ao contrário, ela é divertidíssima!
E pensar que eu não coloquei o nome de minha mãe nela!!!
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Pra completar, como fala diversos idiomas, ela gosta de ler no original... Uma vez, em Verona, quando ela ainda tinha quinze anos, ela me veio com um livro de Shakespeare: "Romeu e Julieta"... no original: "Compra pra mim?". Abri o livro: "Mas, filha, é inglês clássico (muito difícil)!!!". "Por isso mesmo... preciso aprender "inglês clássico". É doida!!! Comprei.
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Enfim... a Paola é uma leitora voraz... está sempre com um livro nas mãos... lê dois ou três livros simultaneamente... seu passeio favorito é, sempre, ir a uma livraria... seu presente preferido é, sempre, um livro... sua bagagem, quando do retorno de suas viagens, sempre ultrapassa o peso permitido pela quantidade de livros que ela traz... quando sou eu quem viajo, a mesma coisa... ela pede livros de lembrancinha...
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Finais de semana, depois do almoço que sempre compartilhamos, eu quero ir dar uma voltinha... um parque, um shopping... mas ela sempre precisa ir pra casa. "Fazer o quê?". "Ler, mãe, que horas que eu vou ler?".
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É assim... Ela não lê nas horas vagas, ou deitada, à noite, antes de dormir, ou quando não tem nada pra fazer... Ela deixa de fazer as coisas pra ir pra casa ler, como um compromisso.
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E ela não é muito de emprestar, não... se puder, ela compra. Gosta de ter os livros... trata-os com carinho, como filhos!
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Então... A Paola adora literatura... lê aquilo que está muito além de minha compreensão... já escreveu um livro... e pretende ser escritora!!!
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Acredito, sim, na nossa influência na educação de nossos filhos... Como não poderia? Mas, devo dizer que ela influencia sobremaneira na minha forma de ser, também, pois, escrever, por exemplo, foi algo que aconteceu em minha vida, somente depois dela... somente depois que ela manifestou seu interesse pela "coisa"... Antes, nunca havia me apercebido da importância da escrita.
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Outra coisa, onde a influência da Paola foi fundamental, no meu modo de viver, foi na música. Ela sempre dizia: "Falta música na tua vida, mãe!". Eu, que tinha tido tempo pra música somente na juventude, não entendia e não dava muita importância pra sua insistência, até que resolvi escutá-la e... viciei. Agora só ando no carro com o som ligado.
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Eu, ainda, não consigo escutar qualquer coisa, sou muito restrita. Mas... curto muito e viajo loucamente escutando as minhas músicas prediletas. Eu sempre gostei dos ícones da minha geração, tipo "Beatles", 'Rolling Stones", "Led Zeppellin", além de "Bob Dylan", "James Taylor", "Rod Stewart", "Carole King", "Carly Simon", "Janis Joplin". Pois é... de MPB, só curtia, mesmo, Chico, Caetano e Gal, eu acho (e hoje em dia, acho que só curto o Chico, mas, nem ele, eu escuto muito). Também sempre gostei muito da Edith Piaf.
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Certo é que, até nas minhas músicas preferidas, a Paola influenciou. Ela, que foi muito adiante dos ídolos de sua geração, foi quem me ensinou a escutar Tim Maia, Elza Soares, Astor Piazzolla, e Aretha Franklin, por exemplo.
E a maneira como a Paola aprendeu as línguas, então... Que fácil!!!
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Bem, o inglês, eu tentei fazer com que fosse da maneira convencional. Coloquei-a no "Phil Young's" porque já tinha me informado e sabia que era uma escola bem "light", que as crianças adoram (apesar de saber do "conteúdo" da "Cultura Inglêsa"). Mas... ela dizia já sabia muito inglês... porque já tinha as noções do colégio e prestava atenção nas músicas... ... :"Nem pensar... Como se pode aprender inglês assim? Vai pra escola de línguas, guria!!!".
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Daí, já acabado o primeiro semestre do "Phil" ela foi para os "Estados Unidos" passar as férias na casa da minha "irmã americana". Ela tinha doze anos e faria sua primeira viagem internacional sozinha. Eu fiquei muito preocupada mas ela fez a viagem numa boa... E já no primeiro telefonema percebi que ela tinha desembuchado o inglês... Falava na maior facilidade!!! "Mas como é possível!!! Ela mal acaba de chegar?!?! E mal começou o curso de inglês?!?!". Pois ela falava... e bem!!!
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Voltando ao Brasil, ela tinha o direito de pular um período do "Phil" e eu fui na escola verificar se ela não perderia nada de muito importante... Até hoje me preocupo porque lembro que ela havia perdido as aulas de "verbos irregulares" (importantíssimo, penso eu)... "Vai aprender em casa, como eu fiz... no método antigo (o da decoreba)". Mas... nunca consegui fazê-la sequer ler a folha dos famosos "verbos irregulares" que havia conseguido... Agradeço que ela os conheça. Não sei como... mas tudo bem!!!
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É... ela, enfim, frequentou o curso do "Phil Young's" porque adorava ir pra aula... o método é muito legal, mesmo... mas ela nunca fazia as lições de casa e os professores viviam reclamando que ela era a maior tagarela... atrapalhava os outros alunos na sala de aula. O último semestre ela nunca fez, apesar de sabermos que ela ganharia uma bolsa de estudos nos Estados Unidos, por ter sido sempre a melhor aluna da turma, mas... ela foi fazer o intercâmbio e nunca mais teve a oportunidade de frequentar o "Phil" pois logo que ela chegou... começou a correria de vestibular, faculdade, estas coisas...
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E o francês, então?... Bem sempre tínhamos planejado que ela faria intercâmbio, como eu havia feito. Pra mim, havia sido um divisor de águas, então... ela cresceu sabendo que faria intercâmbio...: "Ah... mas pros "Estados Unidos" eu não quero, mãe... Quero ir pra Europa.".
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À época, todas as amiguinhas da Paola que não haviam optado por "Estados Unidos" foram fazer intercâmbio na "Autrália" ou na "Nova Zelândia"... Era tendência... mas... ela não gosta de tendências... (sempre "se achando"... essa minha filha!!!). "Tudo bem, pirralha, mas tem que ser pra um país onde você aprenda uma língua que possa usar no futuro... Nada de Noruega, Finlândia, estas coisas..." (qualquer integrante do "AFS" me reprovaria por isso... Eles entendem que o intercâmbio é pra conhecer uma nova cultura, não uma nova língua. Já, eu, penso: "Por que não unir os dois?".). Acabamos optando pela Bélgica francesa.
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Um ano antes da viagem coloquei-a na "Aliança Francesa", onde eu havia estudado, já sabendo que seria difícil pra ela atender àquelas aulas tão pesadas... Dito e feito. Fui chamada na "Aliança" porque minha filha dormia a aula inteirinha. "Não dá... dizia o professor, ela não tem condições de aprender assim". "Tudo bem, Paola... Vai pra uma professora particular.": "Pelo menos ensine pra ela a estrutura da língua... e o "passé composé" ", me preocupava... Uns poucos meses de aulas particulares e... Bélgica.
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Com ela na Bélgica, nos comunicávamos, às vêzes em francês, direto pelo celular ou pelo "ICQ" (é... ainda não existia o "messenger")... Quando eu estava planejando ir visitá-la, descobri o quanto ela já sabia da língua, quando ela empregou corretamente o "subjuntivo", numa mensagem: "Il faut qu'on aille voir... ...au Musée de Van Gogh". É uma estrutura complexa pra quem nunca frequentou uma escola da língua... "Essa danada!!!". Mais tarde o "pai belga" dela me mostrou, na biblioteca que ele possui em casa, a quantidade de livros que ela já havia lido na língua. Ela tinha que saber... mesmo!
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O espanhol, descobri que ela falava, assim... Passeando por "Charleroi", a cidade onde ela foi fazer intercâmbio, encontramos com umas amigas latinas dela. Pensei que falariam em francês... que nada!... A Paola discorria um espanhol solto. Mas como, minha filha? "Elas não conseguem falar francês, então, pra gente se comunicar, elas me ensinaram o espanhol, mãe..." Fácil assim!!!.
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O italiano ela aprendeu frequentando as aulas da UFP, sem qualquer custo pra mim, e... lendo, naturalmente.
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Como foi fácil pra ela... E pensar nos meus oito anos de "Inter Americano" e nos meus incontáveis anos de francês (desde o quarto ano primário, no "Colégio Sion", até o último ano do "Nancy", na "Aliança Francesa" quando eu já tinha acabado a faculdade...). É... quem pode, pode!!!
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Mas... não dá pra negar "Darwin"!!!... As espécies evoluem.
Voltando...
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Imagino, agora, que deve ter sido muito difícil pra eles, os meus pais (mas especialmente pra minha mãe), terem vivido separados um do outro, tanto tempo. Se eles o fizeram o foi em prol da nossa educação.
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Meu pai, especialmente, não aceitava que não estudássemos em Curitiba. Aqui tínhamos acesso a aulas de ballet, música, idiomas... além do estudo convencional. Tudo o que ele poderia nos proporcionar... Não teríamos isto em Francisco Beltrão... E também... aquele interior era, realmente, muito brabo. Eles queriam nos dar o melhor... e o melhor estava em Curitiba.
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Acho, analisando hoje, que eles foram pais, na verdade, em muitos aspectos, à frente do seu tempo. Preocupados com nossa educação, enchiam o nosso dia como só na geração seguinte, a nossa criando os nossos filhos, fui ver: aulas o dia inteiro... Também eram adeptos da educação sem punição física... como nós, da próxima geração o fomos... E... ainda... nós nunca tratamos nossos pais de "senhor" e "senhora", como um dia percebi que meus amigos o faziam... lá em casa meus pais eram tratados por "você"... como nossos filhos o fazem hoje em dia...
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De certa forma, ou melhor dizendo, da forma deles, eles sempre fizeram o melhor por nós... Como nós, de nossa forma, sempre tentamos fazer o melhor pelos nossos filhos...
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Não entendo, muito, hoje, porque tentamos fazer tudo tão diferente de nossos pais, no que diz respeito à educação de nossos filhos (quero dizer... estou me questionando, questionando a mim... mas acho que vale pra maioria das pessoas da nossa geração, também). Lembro que logo que fui mãe pensava... "Vai ser tudo diferente!!!".
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É... acho que tem que levar em conta que pertenço a uma geração que pretendia  mudar o mundo!!! (E que ninguém venha me dizer que isso é coisa de qualquer juventude. Veja a juventude atual, por exemplo, ... tem algo mais morno e conformista???). Ainda bem que acredito que tudo é cíclico (e vai em frente).
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Hoje, madura, penso... Será que não gostamos do resultado da educação que nossos pais nos deram? Mas o resultado da educação que eles nos deram somos nós... Nós, mesmos... E eu, pelo menos, me gosto! Assim... me acho uma pessoa legal, bem resolvida (quero dizer... num bom processo de resolução, pelo menos)... Não tenho problemas de auto-estima (não, certamente, não).
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Talvez o que se possa deduzir é que, não importa muito o que fizemos... o que importa, mesmo, é a intenção que tivemos... (alguém poderia dizer: "o Céu está cheio de boas intenções"... mas: o importante não é ir pro Céu? Eu quero dizer... o importante não é ser um cara legal? Pois eu entendo que as boas intenções nos levam a um bom resultado).
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Aliás, desde que tive encarar a responsabilidade de educar uma filha, sempre quis acreditar muito seriamente num forte componente genético  na determinação do ser humano (cada um é cada um, entendia, a essência já está no indivíduo quando ele nasce). Talvez assim entendesse pra fugir um pouco de minhas culpas. Hoje, com muito maior naturalidade, acredito, não há como desvincular a carga genética nem tampouco o meio na formação do indivíduo.
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Discussão, a  meu ver, inócua: a criatura (a carga genética, intrínsica) não é de minha responsabilidade, mas, a sua educação (a carga ambiental) o é.
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Agora, indo muuuuuuito além...não há como desvincular o meio na formação da carga genética. Pois é: Darwin. Então, como educador, eu posso não só estar influenciando na formação do indivíduo como também na evolução da espécie.
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PUTZ!!!
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Paralelamente a esta discussào toda, quero colocar uma questão:
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Não lembro, agora, se é em "Brave New World" (de Aldous Huxley) ou se é em "El Corazón de Piedra Verde" (de Salvador de Madariaga) - pois eu confundo os dois livros já que ambos tratam de gerações futuras - mas... Em um destes livros as crianças são criadas e educadas pela sociedade. As crianças nascem e são de responsabilidade da sociedade em geral.
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É estranho imaginar esta sociedade (frio, especialmente, porque os vínculos familiares também não são bem definidos)... mas acho que tem um lado positivo nisso (também): não haveriam crianças abandonadas e além disso... veríamos os pais como seres humanos comuns desde crianças, não como super heróis...
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(Tô confundindo as coisas... e me dando conta, agora, que este enredo só pode ser de "Brave New World", onde as crianças nasciam de uma máquina - tipo, uma encubadora (não haviam pais)... "El corazón de piedra verde", de um escritor latino, conta a história de crianças que, ao nascerem são analisadas pela máquina (o computador) que predefine os casais (do tipo: esta menininha vai ser feliz ao lado deste menininho, e vice-versa)... O livro conta a história de amor entre Eléa e Paikan... é um livro onde as emoções predominam... e onde não cabe esta sociedade tão impessoal...).
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Lembro-me de que... quando minha mãe já estava bem doentinha, costumava abraçá-la forte, e ficar abraçada com ela um tempo. Queria que ela sentisse o contato, o calor do meu corpo, já que a comunicação era (e, entre nós, sempre havia sido) tão difícil...
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Mas lembro especialmente de uma ocasião em que, sentindo falta de nunca ter lhe revelado meus sentimentos, olhei nos seus olhinhos pequenos, cujo brilho parecia ser o seu único contato com o mundo lá fora, e lhe disse: "Mãe... eu te amo!".
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Se ela me escutou??? não sei... mas, pelo menos... eu quero acreditar que ela tenha me entendido!!!
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DIA 10.12.2008
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Ontem, quase oito meses depois de ter postado este texto, recebi a resposta pra pergunta que faço em seu primeiro parágrafo: "Será, mesmo, que dá pra largar?".
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Tínhamos ido ao shopping fazer compras de natal. A Paola e eu. Estávamos na fila pra pagar uns livros... na "Fnac". Bem... na fila de associados da "Fnac"... já que a Pa tem carteirinha.
Esperando nesta fila, a fila ao lado, a de quem não é associado, fica vaga. Disponibilizam-se dois ou três caixas... e a dos associados ocupada. Tinha um casal à nossa frente... mas o cara não estava nem aí... no maior papo com alguém ao lado, que não prestei muita atenção se era a mulher dele ou não.
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Bem... eu não gosto de filas... e odeeeeeio esperar (mais ainda quando é à toa). Não quis interromper o cara antes de saber se o caixa vago atenderia àquela fila. Deixei a Pa guardando o meu lugar e fui falar com a moça do caixa vazio... "Claro... já atendo vocês, só estou acabando uns dados". Eu me virei e ia voltando pro meu lugar, quando escuto um vozeirão: "Você está furando a minha vez na fila?". Mas assim: gritado!!! Vozeirão, mesmo!!! Era um cara enorme, alto e gordo, de bermudão e chinelos de dedos... Só faltava ser sujo, mas não reparei direito!!!
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Eu, a princípio, não entendi... mas: era comigo... "o cara deve estar brincando"... Passando por ele, respondi instintivamente, a meia voz: "Não... Você é que está dormindo...". Pra quê: "Dormindo, não!!! Eu tô é conversando!!!". Aos berros!!!
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Agora, consigo pensar: "Imbecil!!! Eu não estava falando literalmente!!!". (saco!!! porque é que eu nunca tenho a resposta adequada na hora certa?) . Mas na hora paralisei... Não entendia a violência, a agressão. Fiquei inerte!!! Não conseguia dizer palavra. Nem me mexer eu conseguia. Estanqueei. Muda... Totalmente sem reação.
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Mas a Paola reagiu: "Você não vê que eu estava te explicando que ela já estava voltando!!! Eu já tinha te pedido desculpas!!!" E o cara: "Você fique quieta que eu não estou falando com você". E a Pa, já com o dedo em riste, enfrentando o cara: "Mas ela é minha mãe e EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ!!!". Olhei pra minha menina, ao meu lado... a minha doce Paola transformada em uma leoa: "BRAVO... PAOLA!!!... Mas... de onde este poder todo? E... ainda... cuidado!!! Ele tem pelo menos o dobro do teu tamanho!!!"... pensava eu, ainda imobilizada e lá no meu íntimo, muito orgulhosa: "Cara !!! Ela não fica idiota, como eu!"
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Bem... ainda houve alguma troca de farpas... e não sei exatamente como terminou... Estava embevecida com a reação da Pa... e atônita com a minha inércia.
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Sei que o cara ainda aprontou um monte ali com a moça do caixa porque não estava conseguindo a liberação do pagamento do estacionamento do shopping (coisa que só se consegue com compras acima de R$ 50,00). Mas a moça deu um jeito e, quando ele foi embora, ela nos pediu desculpas: "Este cara sempre vem aqui e a gente já fica aguardando o que ele vai aprontar porque ele sempre faz alguma!!!"
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É possível que exista alguém assim???
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Bem... não importa...
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O que importa: "É... dá pra largar. Ela é totalmente autônoma. Não precisa mais de mim... Ao que tudo indica... é exatamente o contrário...".

MEUS PENSAMENTOS...

  • Felicidade é ficar sem ar no museu de Van Gogh e, ainda assim, vibrar com o Clube Atlético Paranaense!

PENSAMENTOS ALHEIOS...

  • "Com o tempo você percebe que pra ser feliz com outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela" - Mário Quintana
  • "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim" - Chico Xavier
  • "A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las" - Aristóteles
  • "Há tantos burros mandando em homens de inteligência que às vêzes fico pensando que "Burrice" é uma ciência". - Rui Barbosa
  • "Finge-te de idiota e terás o céu e a terra". - Nelson Rodrigues
  • "Somente o bravo mostra suas fraquezas". - desconhecido
  • "Com o conhecimento nossas dúvidas aumentam". - Goethe
  • "A vida se contrai e se expande proporcionalmente à coragem do indivíduo". - Anais Anin
  • "Uma pessoa permanece jovem na medida em que ainda é capaz de aprender, adquirir novos hábitos e tolerar contradições." - desconhecido
  • "Aquele que aprende mas não pensa está perdido; aquele que pensa mas não aprende está em grande perigo". - Platão
  • "Pessoas normais falam sobre coisas; pessoas inteligentes falam sobre idéias; pessoas mesquinhas falam sobre pessoas". - Platão
  • "O homem de bem exige tudo de si próprio; o homem medíocre espera tudo dos outros". - Confúcio
  • "Felicidade é comer jabuticaba no pé". - Flávio Gikovate
  • "Pra ser feliz com outra pessoa você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela". - Mário Quintana
  • "O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem-ética.O que mais preocupa é o silêncio dos bons!" - Martin Luther King
  • "Nenhuma mente que se abre para uma nova idéia voltará a ter o tamanho original." - Albert Einstein
  • "O amor é como o mercúrio. Deixe a mão aberta e ele permanecerá. Agarre firme e ele escapará." - Dorothy Parker, escritora
  • "Há dois tipos de pessoas: as que fazem as coisas e as que ficam com os louros. Procure ficar no primeiro grupo. Há menos competição lá." Indira Gandhi, estadista
  • Você não pode escolher como vai morrer. Mas pode decidir como vai viver agora." - Joan Baez, cantora
  • "A vida que não passamos em revista, sem reflexão, não vale a pena ser vivida." - Sócrates
  • "O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância. Todo o saber consiste em saber que nada sei." - Sócrates
  • "Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo...". - Fernando Pessoa
  • "Se um problema é grande demais... não pense nele. Se ele for pequeno demais... pra quê pensar nele? - ditado tibetano
  • "Um dia, mais modestos, os homens vão compreender como tudo é frágil e transitório e juntos, vão construir um caminho melhor." - Oscar Niemeyer